Waldick Pereira: A memória de Nova Iguaçu foi
seu principal legado

COSMINHO SIGOLIS

Jornalista

Waldick Cunegundes Pereira era Alagoano e Iguaçuano de coração. Em Maceió trabalhou como escrivão num cartório e era poeta, conhecido entre os amigos como “o Castro Alves Alagoano”. Em 1951 casou-se com Margarida Acácio Galvão (falecida em 2006), que era uma excelente declamadora.

Em 1953 muda-se para o Rio de Janeiro, a então capital federal, e foi morar em Nova Iguaçu, de onde nunca saiu. Foi, talvez, o maior historiador de Nova Iguaçu, com participação em vários seguimentos intelectuais e culturais do município, possui diversos livros publicados sobre suas pesquisas na história do município, além de outros com suas poesias e trovas.

Em NI foi jornalista e cronista esportivo no Correio da Lavoura, membro do Lions Club e do Rotary Club, Delegado da União Brasileira de Trovadores, Secretário do Colégio Afrânio Peixoto, professor no Colégio Leopoldo (onde trabalhou até seu desenlace).

Na Prefeitura de Nova Iguaçu atuou na Assessoria de Cultura, Recreação e Turismo e, mais tarde, na Assessoria de Museu e Patrimônio Histórico, criada especialmente para ele. Foi escritor, historiador, fundador e presidente (até seu falecimento) do Instituto Histórico e Geográfico de Nova Iguaçu – IHGNI, criador do brasão de armas do município (idealizado por ele e desenhado pelo Heraldista Alberto Lima).

O que poucos sabem é que Waldick foi também um estudioso do misticismo e esteve ligado a algumas escolas de mistério, chegando a ser Grã-sacerdote da IOIC. Em 1959 começou sua parceria com o Ney Alberto Gonçalves de Barros (falecido em junho de 2012), seu inseparável companheiro de pesquisas, acampamentos e aventuras.

Em 1968 ele e Ney, que já era professor de História, tornaram-se arqueólogos após concluírem o curso de Arqueologia do Museu Histórico Nacional. Waldick foi sepultado num jazigo perpétuo no Cemitério dos Escravos, em Iguaçu Velho, num tumulo simples, sem identificação, sombreado por uma mangueira.

Além dos livros de poesias escreveu: Nova Iguaçu para o curso Normal, A Mudança da Vila (Iguaçu para Maxambomba), Trovas de Vintém, Cana, Café e Laranja (Inelivro – Fundação Getúlio Vargas) e foi o principal organizador do álbum fotográfico de Nova Iguaçu. Waldick Pereira tem seu nome gravado em um CIEP em nosso município, falecido em 11-02-1984, esse ano fez 37 anos que nos deixou.

O historiador marcou uma época em que as pesquisas e os estudos eram muito mais difíceis que hoje.
Viva Waldick por dedicação à memória de Nova Iguaçu!

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