Incorporação da Uezo à Uerj é discutida na Alerj

Foto: Reprodução da internet
Texto: Eduardo Schmalter

A falta de servidores efetivos e de um plano de cargos e salários estão entre os entraves ao pleno funcionamento da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo).

Os problemas da instituição de Campo Grande foram discutidos na audiência pública conjunta das comissões de Educação e de Ciência e Tecnologia, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), promovida nesta terça-feira (16/11) para debater o Projeto de Lei 5.071/21, de autoria do poder Executivo, que propõe a incorporação da Uezo à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

O projeto começou a ser votado na Alerj no dia 03/11 e aguarda análise das emendas pelas comissões. A reitora da Uezo, Luanda Moraes, ressaltou que o déficit de servidores efetivos impede que a universidade cumpra a sua missão.

“A Uezo foi criada sem essa previsão de efetivos. O que nos faz ter rotatividade de funcionários extraquadro, prejudicando a memória institucional. Somente a incorporação nos permitiria cumprir nossa missão com plenitude.

Todas as administrações que passaram apresentaram um compromisso enorme, mesmo com as limitações. A incorporação é a consolidação do projeto de democratização do ensino superior na Zona Oeste e em outros bairros periféricos, e seria um reconhecimento ao valor dos servidores, significa a esperança de continuar existindo”, afirmou Luana.

O vice-reitor da Uezo, Dario Nepomuceno, destacou que a instituição está “no limite” e há necessidade de servidores administrativos, além de ter grande defasagem de docentes. O vice-reitor da Uerj, Mario Carneiro, afirmou que a incorporação da Uezo é uma medida importante também para a Uerj, que poderá ter uma unidade na região e lançar novos cursos de graduação.

“O projeto foi levado ao conselho superior de ensino da Uerj e foi aprovado. Meu sonho pessoal sempre foi termos um curso de Farmácia. Será de grande benefício à população, e garantirá direitos aos servidores e aos alunos”, contou.

O presidente da Comissão de Educação, deputado Flávio Serafini (PSol), disse que a incorporação é fundamental para que a UEZO consiga superar as dificuldades. “Não enfrentamos o tema apenas como o debate sobre a incorporação, enfrentamos como o futuro do ensino superior na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A UEZO tem muitas dificuldades, como a concessão de bolsas ou a criação de um plano de cargos e salários. Queremos um planejamento para o ensino superior da Zona Oeste, uma região populosa e carente de equipamentos de ciência e tecnologia”, enfatizou.

Já o deputado Luiz Paulo (Cidadania) se mostrou contrário à unificação das duas instituições e cobrou investimentos por parte do Poder Executivo: “Falta competência ao governo. Há recursos oriundos da venda da Cedae e do aumento de receitas de royalties e participações especiais, por exemplo.

O Estado poderia ter adquirido uma sede própria para a Uezo e ter feito o plano de cargos e salários. Por melhor que seja o projeto de lei, são 70 deputados com muitas visões diferentes, não será como o idealizado. Quero que a Uezo continue a existir”, afirmou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu