As palavras são complexas e precisam de significado e resposta. Aquelas que dão título às publicações do dicionarista Wagner Azevedo, não ficam sem resposta. “Sempre gostei de pesquisar. Em 2008, como professor de redação, fiz o meu primeiro vocabulário que depois virou o “Dicionário de Catacrese”, publicado também em Portugal”, lembra Wagner que autografa suas publicações na Feira Iguassu, neste sábado (10), na rua Getúlio Vargas, em frente à Casa de Cultura, no Centro de Nova Iguaçu, a partir das 10h. A ação faz parte do Programa Municipal de Incentivo à Leitura e à Escrita, Livros para Voar, da Prefeitura de Nova Iguaçu, através da Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (Fenig), com apoio da Secretaria Municipal de Cultura. A Feira Iguassu é um evento de cultura, artesanato, gastronomia, moda e música que acontece no segundo sábado de cada mês.

“Quero que esses dicionários sejam utilizados nas escolas do Ensino Fundamental e Médio”, disse Wagner Azevedo, que tem feito palestras para alunos e professores. “Dicionário de Pleonasmo”, com prefácio do presidente da Fenig, Miguel Ribeiro; “Dicionário de Antanáclase”, prefácio de Professor Doutor em Língua Portuguesa da UERJ, Luiz Ricardo Leitão; “Dicionário de Antonomásia”, da Professora e Coordenadora Pedagógica da FENIG, Kátia Assumpção; e o já conhecido “Dicionário de Catacrese” são quatro dos 13 dicionários produzidos pelo estudioso.

Além da Tarde de Autógrafos, a ação “Livros para Voar” recebe doações de livros, faz as publicações circularem pela cidade e fortalece os autores e a produção literária de Nova Iguaçu e da Baixada. A ação é dedicada aos romances de ficção e não ficção, poesias, biografias e estilos literários diversos. A ideia é a democratização de leitura que amplia o conhecimento. São 11 totens com as caixas do projeto para receber doações de livros e para que qualquer pessoa possa pegar uma publicação gratuitamente para desfrutar da leitura. As caixas estão na sede da Fenig (rua Governador Portela, 812, no Centro de Nova Iguaçu); na Sala de Leitura Fenig no TopShopping; Prefeitura de Nova Iguaçu; Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Posse; Igreja Santo Antônio da Prata; Igreja São Miguel Arcanjo, em Miguel Couto; OAB Nova Iguaçu; Casa de Cultura; Casa do Professor; Cefet-NI; e Loja Caçula Nova Iguaçu.

Descrição:

“Dicionário de Pleonasmo” – o PLEONASMO é redundância, palavra desnecessária à compreensão, mas importante para dar expressividade, ênfase ao texto, quando literário. Outros sinônimos do PLEONASMO são: a perissologia ou a tautologia. Este dicionário inédito foi publicado pela Editora Moan e possui 310 expressões pleonásticas

“Dicionário de Antanáclase” – a ANTANÁCLASE é de origem grega antanáclasis  ‘reflexão da luz, do som, eco’, ‘repercussão’. Com ela ocorre a repetição de palavra com significado diferente. A ANTANÁCLASE é, portanto, a repetição de homônimos perfeitos, a saber palavras com a mesma grafia e pronúncia, porém, com significações diferentes. ANTANÁCLASE é o mesmo que diáfora ou dialogia ou dilogia.  Este dicionário inédito foi publicado pela Editora Moan e possui 79 expressões

“Dicionário de Antonomásia” – a ANTONOMÁSIA vem do grego antonomasía, derivado de antonomázein (de anti ‘contra’ + onyma ‘nome’, ou seja, ‘chamar alguém por um novo nome’. Designa alguém não pelo nome, mas por um título que o/a tornou conhecido/a, uma qualidade ou feito que o/a distingue dos demais. Essa figura de linguagem é usada para empregar um substantivo comum (alcunha, metonímia, cognome, apelido, epíteto…) ou locução (perífrase ― expressão com mais de uma palavra) em substituição de um nome próprio, de um antropônimo (nome de pessoa) ou de um topônimo (nome de lugar), com uma finalidade descritiva, eufêmica ou pejorativa. O processo de formação desta figura de linguagem é semelhante ao da criação de apelidos. O Dicionário de Antonomásia foi publicado pela Editora Moan e possui 577 expressões.