Foto: Thiago Lontra
Texto: Comunicação Social
Passados 25 anos do decreto que determinou a suspensão das atividades e a liquidação da Companhia de Transportes Coletivos do Rio de Janeiro (CTC-RJ), a empresa acumula R$ 8 milhões em dívidas e ainda mantém seis imóveis, avaliados em R$16 milhões. O levantamento foi apresentado em audiência pública, realizada nesta quinta-feira (25/11), pela Comissão da Liquidação de Empresas Públicas Inativa, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A reunião também teve a participação da Fluminense de Securitização S.A (CFSEC).
O liquidante responsável pelas duas empresas, Leandro Nazario, afirmou que os imóveis da CTC estão ocupados por órgãos públicos e instituições, mas que nenhum dos inquilinos paga aluguel. “O trabalho agora é, até que se conclua o processo de alienação, conseguir receber desses órgãos”, afirmou Nazario.
A presidente da comissão, deputada Adriana Balthazar (NOVO), foi informada pelo liquidante de que, embora existam tratativas para que se cobre os aluguéis, não há ações judiciais que agilizem esse processo. “A sensação que eu tenho é que não há interesse em resolver essa questão, que já dura 20 anos”, declarou a deputada.
Sobre a (CFSEC), a dívida está em torno de R$300 mil, mas uma liminar concedida a pedido do Ministério Público impede que a empresa receba aporte do estado, o que de acordo com Leandro, é a única forma de quitar os débitos para prosseguir com a liquidação.
A empresa Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), responsável pela folha de pagamento dos funcionários da Flumitrens, também enviou um representante à audiência. O diretor de administração e finanças Leandro Bastos informou que ainda restam cinco empregados e três conselheiros. Bastos não soube responder quanto custa essa folha.
“A gente vai ter um trabalho redobrado para cobrar isso. A Central trata da folha de pagamento de oito funcionários, no mínimo a gente precisava saber quanto essa folha está custando, essa informação a gente não teve”, disse a deputada.
A comissão também convidou representantes da Riotrilhos, mas pela segunda vez a empresa não compareceu.